
A Escultora
Essa estória é contada na terceira pessoa, mas tem como personagem principal Nádia Maltês de 23 anos, uma escultora Brasileira em ascensão, conhecida mundialmente por ser a “Escultora do Pavor”, já que reproduz assassinatos brutais através de seus sonhos e alucinações. Mas o mais estranho de tudo isso é que Nádia as cria estando em um estado de completo transe, tanto que só percebe que as criou quando “acorda”.
Paralelo a essa estória acontece à busca desesperada do delegado Romeu, um ateu e descrente, pelo Serial Killer da Meia-calça, um assassino cruel que mata mulheres de diferentes idades em porto brasileiros, as deformando e mutilando antes de matá-las com uma meia calça na garganta. Desesperado para conseguir pegá-lo aceita a recomendação de chamar pelo Doutor Tales, um físico quântico, biólogo, psicólogo e paranormal para tentar desvendar o caso, já que o assassino começou a matar no Rio Grande do Sul e está subindo à costa. Tales
aceita ver o que está acontecendo, mas não quer se envolver novamente com a polícia já que teve problemas anteriores na sua carreia por isso; então se limita e ver o novo caso que apareceu, mas sem realmente prometer prosseguir, até que reconhece a vítima como uma conhecida, o que muda tudo.
Tales entra de cabeça no caso e logo percebe que o assassino está sendo controlado por um espírito errante, que tinha em sua outra encarnação sido um Serial Killer. Como a pessoa que está sendo controlada também tem interesses relativos, começou a “permitir” que seu corpo fosse usado para estes fins. Com o passar do tempo Tales se vê mais envolvido nos casos e Nádia descobre que suas esculturas são na realidade, as mulheres mortas por este assassino, que lhe são mostradas pelo espírito. E o que faz para resolver esses assassinatos se a pessoa que as comete já está morta? E por que a vida de Nádia está diretamente ligada ao que está acontecendo nesses assassinatos? E se na realidade, Tales está muito mais envolvido do que parece?
O que dizer sobre o livro?
Gente, eu esperava vir aqui falar muito bem essa estória, mas não foi o que aconteceu. Durante toda a leitura só fui surpreendida umas três vezes no máximo e o livro só me pegou em mais ou menos vinte e poucas páginas, que posso dizer que não foram consecutivas.
Começa que, nessa estória, a personagem Nádia não é a protagonista como eu achei que era e sim Tales, e que ela é uma típica mocinha chata que literalmente desmaia com as coisas que estão acontecendo. Tudo bem, é pesado os assassinatos e a forma como os corpos são encontrados, ainda mais quando se descobre que essas mortes não são sonhos como se pensava, mas mesmo assim achei um pouco forçado. Tales, foi o único personagem que realmente gostei, mas teve certos momentos que ele me cansou também.
A estória no geral achei boa, tanto que esse foi o motivo de ter comprado o livro, mas a forma como foi contada e desenvolvida não me agradou. Por exemplo, algumas coisas que acontecem no livro são jogadas no teu colo e tu nem sabes da onde surgiu, essa informação não foi “pensada” pelo personagem então fica aquele enorme ponto de interrogação na cabeça. Outra coisa que também não gostei, foram os diálogos que achei muito superficiais e sem nexo, porque justamente não mostrava de onde surgiram.
A escritora é carioca e teve como um dos personagens principais, Romeu, um gaúcho. Eu sou gaúcha, então sei muito bem como se aplica as nossas gírias. Ela não soube as usar de forma adequada, apesar de que nas primeiras páginas achei muito legal, mas depois comecei a ver que elas apareciam em horas erradas e aplicadas equivocadamente.
O final também foi fraco, mas nem estava esperando um final grandioso também. Aconteceram coisas que achei legal, a forma como interligou os acontecimentos com vidas passadas, mas isso não foi o suficiente para me prender. E para finalizar, esse livro tem como base a religião espírita e como sou adepta consegui perceber grandes furos na estória justamente por não se contingente com a religião. Numa forma geral, esse livro não me agradou por esses grandes pontos e por eu conhecer a base de escrita, mas realmente espero que vocês consigam desfrutar dessa leitura de uma forma que não consegui.