leva a passar dificuldades e situações complicadas, forçando-a a sair do emprego e ir morar com o pai. Com o passar do tempo à crise aumenta e é obrigada a deixar Amy em um convento para ser criada pelas freiras.

      Do outro lado do estado, corre outra estória paralela com a de Amy, onde o governo dos Estados Unidos da América descobre a existência de um vírus nunca antes visto. Este atacou pessoas com câncer terminal em uma espécie de resort, as curando de tal forma que não mostravam nenhum resquício da doença, mas com o passar dos dias acabaram falecendo. Com essa nova descoberta o governo decide dar a atarefa de aperfeiçoar o vírus para os militares para curar o câncer e outras doenças, mas tudo escondido do mundo. Os experimentos começam, mas logo é necessário utilizá-lo em pessoas é quando pensam em chamar presidiários no corredor da morte.

     A estória já fala sobre 11 cobaias existentes e Brad, um veterano no FBI que é responsável por convencer esses presidiários a se oferecerem para os testes. É quando é levado a buscar por Carter, um homem negro, pequeno, magro e pobre que foi acusado de homicídio quando na realidade não matou ninguém. Quando retorna com a décima segunda cobaia descobre que há mais uma, Amy, uma menina que consta como órfã no sistema de polícia. Brad acha estranho estarem pedindo por uma criança depois de tanto tempo e lhe dizem que necessitam de uma por causa da glândula que fica próxima ao coração e esta para de se desenvolver quando entra na adolescência, explicam que o vírus atua sobre está glândula.

     Contrariado Brad busca por Amy, mas logo se afeiçoa a menina, fazendo com que cogite a hipótese de não entregá-la. Mas é obrigado e acaba o fazendo. Depois disso os experimentos iniciam em Amy e Carter, e descobrimos que as cobaias se transformaram em vampiros selvagens, monstruosos e sanguinários. É então que conseguem fugir da instalação no Colorado e matam nove vítimas e transforma a décima, o que traz o apocalipse rapidamente para todo o mundo. Em uma medida desesperada, o governo americano cria colônias para abrigar os sobreviventes do apocalipse e é onde uma nova sociedade desenvolve, dando marco à outra parte do livro que conta sobre 93 anos depois do apocalipse.

 

A Colônia:
     É uma instalação gigantesca, com muros de vinte e cinco metros de altura, grossos e sem nenhuma fissura para que os virais não tenham como escalá-lo, com lanternas enormes para dentro e para fora destes muros. Ao longo da extensão do muro ficam os Vigias, que são pessoas designadas a proteger a colônia em dois turnos: dia e noite, cada vigia usa uma besta como arma (uma besta é a arma onde você só tem uma flecha para atirar e demora um bom tempo para recarregar novamente, então, se você for matar um viral, só tem uma única chance de acerto), ou uma faca caso o viral chegue perto demais.

     Na colônia há casas para cada família e pastos para cavalos, estufas para verduras, alojamentos, apiário para as armas, armazém, área de treino, abrigo para os pequenos e etc.

     A energia vem de uma usina elétrica no pé da montanha (onde fica a colônia), mas essa energia é usada somente para as luzes em torno da colônia e não nas casas, para que ela dure mais tempo. Só que, com o passar do tempo, os Guardiões (que são as pessoas mais velhas das primeiras famílias que chegaram à colônia), decidiram desligar os rádios que os mantinham conectados aos militares, então não há exército para salvá-los e muito menos mandar baterias novas quando essas que eles têm acabarem. Resumindo, um dia as luzes da colônia irão apagar e o que eles irão fazer para sobreviver, sendo que tudo o que sabem do mundo exterior é que: a maioria da população são virais, ninguém sabe se o exército ainda existe, e será que existe algum lugar seguro que não seja a colônia onde moram?

 

O que dizer sobre o livro?

     A história é dividida em duas partes, o início, onde tudo começou e a colônia. No começo da narrativa mostra o mundo que conhecemos hoje e depois o mundo apocalíptico contado pela visão dos moradores dessa colônia. Sobre essa nova forma de viver, com novas leis e cultura diferente. Conhecemos um mundo pós-apocalíptico completamente novo e com tensões constantes.

     É um livro mais adulto devido à carga emocional e o drama que Justin Cronin descreve com esplêndidos detalhes. Uma estória muito bem construída e desenvolvida, com uma rede de intrigas que nos leva até o final do primeiro volume. Com o passar do tempo, você se descobre preso pela narrativa, querendo saber como irão sobrevier em um mundo do qual não conhecemos e se conseguirão acabar com o apocalipse formado pelos militares a tantos anos atrás. Sem contar que você acaba sendo arrastado para os pensamentos de Badcock que é a cobaia zero, a primeira a ser testada há noventa e três anos atrás, o viral mais forte e mais sanguinário que existe. Essa é uma história de vampiros monstruosos e sem piedade, em uma narrativa rica de detalhes aonde você irá descobrir que esses monstros, podem ser muito mais do que animais ferozes... Que eles podem pensar e planejar armadilhas.