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Bios

     Essa estória é contada em terceira pessoa, mas se entra tanto no enredo durante a leitura que cheguei a pensar que estava lendo em primeira pessoa. Sim! Luiza Salazar faz essa mágica de nos mergulhar de cabeça em tudo o que está acontecendo e sou muito grata a ela por não me fazer perder a esperança de que escritores brasileiros podem sim escrever distopias e estórias de ação tão bem quanto qualquer outro espalhado pelo globo. Realmente obrigada!

 

Mas vamos para a estória!

     Nessa distopia de tirar o ar, encontramos um mundo devastado e extremamente tecnológico - ok isso é muito divergente, mas logo vai fazer sentido -, onde os humanos são caçados todos os dias por serem “inferiores”. Sim, tudo começa quando o Instituto – uma grande empresa de tecnologia celular – começa a criar Bios: seres mais avançados que os humanos. Um conflito grande começa, porque os hu-

humanos não conseguem aceitar essa nova forma de vida, então o Instituto começa uma retaliação quando os primeiros Bios morrem – julgados serem atacados pelos humanos –, causando a grande distopia na estória. Acabando por o Instituto começar a comandar tudo com força militar, obrigando os humanos sobreviventes se refugiarem em lugares horríveis e distantes para permanecerem vivos.

      É nesse mundo devastado que conhecemos Liz, uma adolescente de aproximadamente vinte e poucos anos, que acordar nas ruínas de uma cidade somente com uma mochila com alguns itens e sem nenhuma lembrança de quem ela é, de onde veio e para onde está indo. Desorientada, Liz segue em frente e se abriga em uma construção para passar a noite, é quando encontra mais tarde dois refugiados: Liam e Poppy. Depois de um leve conflito e desconfiança eles decidem levar Liz para o abrigo de refugiados chamado Área 2, e é lá que Liz inicia uma nova vida ao mesmo tempo que tenta descobrir quem é.

     Aos poucos Liz vai tendo flashes de lembranças que acabam por deixá-la ainda mais frustrada por não fazerem nenhum sentido. Até que, depois de um treinamento exaustivo de luta e autodefesa enquanto está se lavando, Liz finalmente descobre quem é e tudo começa a mudar, incluindo o que irá fazer: Como contar a verdade? Irão aceitá-la pelo que fez? Para onde ir? Procurar respostas ou fugir? Em meio a diversas perguntas sem respostas, vamos desvendo aos poucos a verdade sobre o passado de Liz, que acabará repercutindo diretamente no futuro da humanidade, sendo ela Bio ou não.

 

O que dizer sobre o livro?

     Esse foi um livro que me surpreendeu no início ao fim, porque ainda não havia lido um livro brasileiro que me prendesse, sendo distopia ou não e esse conseguiu fazer isso. Então posso dizer que foi muito prazeroso, com diversas surpresas e cenas de ação de tirar o fôlego.

     Luiza Salazar conseguiu criar uma distopia que imaginamos quando estamos lendo, é fácil visualizar as construções, a cena que está passando no momento, até mesmo essa nova tecnologia. Tudo parece real demais, incluindo os personagens, que são muito bem construídos e que nos surpreendem sempre.

     Liz é a típica heroína que pode estar morrendo de medo, mas não demonstra, porque tem que fazer o que precisa ser feito e como ninguém tem coragem pra isso, ela mesma faz. É uma personagem que vamos conhecendo seus limites e do que é capaz de fazer. Sim! Ela nos surpreende sempre, porque ela mesma está se conhecendo, então nunca estamos preparados para o que irá acontecer.

     Apesar de ser uma distopia que lembra em alguns aspectos Jogos Vorazes e até um pouco Divergente, descobrimos no final que estamos errados. A estória vai se desenrolando e quando achamos que é uma coisa, lá vem Luiza e nos surpreendendo dizendo: “Não é bem assim, colega!”. Então posso dizer que esse livro foi uma grande satisfação do início ao fim, porque diferente de outros livros esse é volume único, então temos o início, meio e fim na palma da nossa mão.

     Esse livro é cheio de ação, suspense, surpresas, reviravoltas, manipulações, romances complicadinhos e acima de tudo isso, é um livro que tem conteúdo e isso é raro hoje em dia. Porque gosto de livros que abordam o ser humano em geral e do que ele é capaz de fazer por poder, então não havia como não gostar.

     A única coisa que não gostei foi que encontrei muitos erros durante a leitura, a revisão não foi bem feita tendo alguns erros astronômicos e isso acabou afetando muito ao decorrer da estória. Somente por esse problema não darei minha nota máxima, mas o restante é maravilhoso porque não afetou o desenvolvimento da narrativa. Então só posso desejar uma boa leitura e que se divirtam com essa distopia brasileira que não deixou a desejar em nada comparada às estrangeiras.

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Prólogo - Despertar da Magia

Acordo assustada, suando frio e tremendo. Levanto-me e corro para a janela do quarto, o chão de madeira range debaixo de meus passos pesados...

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Blog criado e administrado por Verônica F. Hörnne

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